Danilo Queiroz
O basquete brasileiro está engajado na última tentativa de estar nos Jogos de Paris-2024. Hoje, às 9h30, a Seleção masculina entra em quadra em Riga, na Letônia, para disputar a semifinal do Pré-Olímpico, contra Filipinas, e manter vivo o sonho de carimbar o passaporte para a Cidade Luz. Somente o campeão da seletiva participará do evento. Engajamento por sucesso na trajetória não vai faltar. Até mesmo por parte de lendas da modalidade no país.
Medalhista olímpica de prata e bronze pela equipe feminina em Atlanta-1996 e Sydney-2000, Janeth Arcain endossa a esperança pela vaga para ter uma oportunidade especial: agregar experiência e contribuir para o Brasil voltar a subir no pódio.
Se a Seleção masculina conseguir a vaga, o papel de Janeth não será efetivamente em quadra, mas indicando os caminhos para a equipe atual repetir a mesma caminhada percorrida por ela. A referência nacional da modalidade é uma dos seis medalhistas escolhidos pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) para compor o quadro de referências do projeto Embaixadores Olímpicos.
Em Paris, a atleta estará no dia a dia da Casa Brasil e das instalações tupiniquins em Saint-Ouen com a missão de inspirar os jogadores atuais através da troca de experiência. Para "atuar" no esporte do qual é especialista, ela depende do sucesso da equipe no Pré-Olímpico.
"Caso não aconteça de conseguir a classificação no masculino, a gente precisa pensar em um projeto a médio prazo", defende. No feminino, o Brasil ficou pelo caminho ao não obter uma das quatro vagas disponibilizadas no Pré-Olímpico de Belém, realizado em fevereiro. A equipe nacional não participa dos Jogos desde a edição do Rio-2016. "Estivemos muito perto de ir a Paris-2024, mas temos que lembrar que as outras seleções treinam, querem chegar e conquistar o mesmo que desejamos. Precisa aumentar o investimento e idealizar o próximo passo, pois esse não volta mais. Temos meninas que vão crescer bastante", destacou a mentora do Time Brasil.
Independentemente de o basquete masculino garantir vaga e representar a modalidade nos Jogos, Janeth está pronta para acrescentar experiência em prol de conquistas. "Senti como se fosse uma convocação. Vou estar para apoiar os atletas que vão disputar, falar das nossas experiências, das conquistas, das dificuldades e, o principal, a concentração e como podem superar qualquer resultado negativo que possa acontecer. Tem sempre o dia seguinte. Vamos servir de exemplo. É uma oportunidade de mostrarmos que os resultados que tivemos foram valiosos e esses atletas podem manter o Brasil nas melhores colocações e, quem sabe, conquistar um número de medalhas maior do que em Tóquio", prospecta.
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