O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (8) vendido a R$ 5,737, com alta de 0,062 (+1,09%). A cotação chegou a R$ 5,79 na máxima do dia, por volta das 14h, mas desacelerou nas horas finais de negociação.
Apesar da alta nesta sexta, a moeda norte-americana encerrou a semana com queda de 2,25%. A divisa acumula alta de 18,22% em 2024.
Na bolsa de valores, o dia foi mais turbulento. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 127.830 pontos, com recuo de 1,43%. O indicador atingiu o menor nível desde 7 de agosto.
Tanto fatores domésticos como internacionais afetaram o mercado financeiro. No cenário doméstico, a demora no anúncio do pacote de corte de gastos e a divulgação de que a inflação acelerou em outubro influenciaram as negociações.
A expectativa de que o Banco Central tenha de elevar os juros além do previsto por causa do aumento na inflação fez a bolsa cair. Isso porque os investidores preferem migrar de aplicações mais arriscadas, como ações, para a renda fixa, como títulos do Tesouro Nacional, em momentos de juros altos.
Em relação às medidas de corte de gastos obrigatórios, o encontro desta sexta-feira para definir os detalhes finais começou por volta das 15h e terminou por volta das 18h. Os ministros saíram da reunião sem falar com a imprensa, e o anúncio das ações ficou para a próxima semana.
No cenário externo, as expectativas em torno do governo do presidente eleito Donald Trump e a China trouxeram turbulências ao mercado global. Um pacote de estímulo de governos regionais chineses foi considerado pequeno pelos investidores, o que provocou a queda do preço de commodities (bens primários com cotação internacional), afetando exportadores como o Brasil. Nos Estados Unidos, Trump reconduziu o advogado ultraprotecionista Robert Lighthizer como representante comercial do país.
*com informações da Reuters
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