De acordo com o Greenpeace Brasil, no momento da fala de Al Ghais, a ativista se levantou com as faixas "Who Pays?", (“Quem paga?”, em português) e "Planejando Catástrofes Climáticas”. Além da ativista que interrompeu o discurso, estavam presentes ao evento outros ativistas da organização com diversos cartazes.
Em nota, a organização diz que o Greenpeace Brasil realizou uma manifestação pacífica para chamar a atenção para os impactos da crise climática, que é impulsionada, principalmente, pelo uso de combustíveis fósseis no mundo.
“Enquanto o Brasil enfrenta eventos climáticos extremos, como a maior seca dos últimos 70 anos, as empresas presentes neste evento seguem lucrando com o sofrimento das pessoas. É hora de responsabilizar as exploradoras de gás e petróleo pelos danos que causam especialmente para as populações mais vulnerabilizadas”, afirmou o coordenador de Florestas do Greenpeace Brasil, Romulo Batista.
O ROG.e reúne até quinta-feira (26), no Rio de Janeiro, nomes da indústria do petróleo mundial, entre produtores e fornecedores. Além de executivos da indústria petrolífera, entre elas Shell, Chevron, Exxon, Equinor e BP, participam do evento lideranças políticas do setor, como a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Haitham Al Ghais apresentava projeções sobre o consumo de energia. Em 2023, a Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP 28) definiu a meta de transição dos combustíveis fósseis nos sistemas energéticos de forma justa, ordenada e equitativa para zerar a emissão de carbono até 2050. Os gases de efeito estufa, como os de carbono, são responsáveis pelo aquecimento do planeta, causando inundações de cidades, temperaturas elevadas, furacões e outros fenômenos que conformam a crise climática que o mundo vive.
No evento, o ministro Alexandre Silveira disse que o Brasil está em fase “quase final” para obter a licença para exploração de petróleo na margem equatorial. Localizada no litoral norte do país, a área é tida como novo pré-sal, devido ao potencial de reservas de petróleo. Segundo o ministro, o Brasil é o “celeiro de energias limpas e renováveis do mundo” e não pode abrir mão da exploração e produção de petróleo. Ele também garantiu que a Petrobras vem cumprindo condicionantes ambientais.
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