Diego, que passava pelo local, colocou a mãe do menino e Davi na garupa da moto e os levou às pressas para o hospital Quinta d’Or, que fica no mesmo bairro. Assim, foi possível recuperar o braço direito de Davi, arrancado com a força do impacto do acidente, a tempo do reimplante.
Depois de levar o garoto para o hospital, Diego retornou ao local do acidente e levou o braço do menino - que estava sendo colocado pelos bombeiros numa caixa com gelo - e voltou ao hospital rapidamente.
Essa atitude permitiu que a equipe médica reimplantasse o braço do menino que agora se recupera da operação no hospital.
O ato de socorro foi destacado pela Câmara Municipal com a entrega da moção que ressalta “atitude humanitária e explícita demonstração de desprendimento e amor ao próximo” por parte do mototaxista. A iniciativa é do presidente da Câmara Municipal, Carlo Caiado (PSD), e foi assinada por outros 31 vereadores.
Gesto heróico
“O Diego é um herói. Sua atitude merece todos os nossos aplausos e serve de exemplo de cidadania e empatia. Ele salvou o pequeno Davi e tem a eterna gratidão, não só da família, como de todos os cariocas. O Diego é um orgulho da nossa cidade”, destacou Carlo.
Na abertura da sessão plenária desta quinta-feira, Diego foi aplaudido de pé pelos vereadores. Emocionado, ele, que é pai de duas meninas - Aylla, de 3 anos, e Sofia, de 7 -, contou detalhes do socorro.
Disse que estava deixando uma passageira nas proximidades da Feira de São Cristóvão, quando viu o acidente. Ao constatar que o menino estava ferido, pediu para a mãe de Davi subir o mais rápido possível na moto e seguiram os três para o hospital mais perto.
“Nesse momento, quando o Davi estava na moto, só veio na minha mente a imagem das minhas filhas”, observou.
Diego ainda não reencontrou o menino Davi, que segue em recuperação no hospital. Ele lembra que, mesmo com tanto sofrimento, o garoto agradeceu por sua ajuda.
“Espero que as pessoas tenham mais empatia pelo outro em momentos de desespero. Eu vi muita gente filmando e registrando o acidente, mas preferi colocar meu celular no bolso e ajudar”, finalizou o mototaxista.
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