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    postado em 16/05/2024 14:29

    Referência do jornalismo esportivo, o locutor Sílvio Luiz morreu na manhã desta quinta-feira (16), aos 89 anos, em São Paulo. Segundo nota do Hospital Oswaldo Cruz, ele estava internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde o último dia 8 e faleceu hoje por falência múltiplas dos órgãos.

    Há pouco mais de um mês, Sílvio Luiz estava em plena atividade na TV Record. Ele comandava a transmissão da final do Campeonato Paulista no dia 7 de abril, para canais digitais, ao lado dos humoristas Carioca e Bola, quando passou mal e foi levado às pressas para o hospital.

    “Seu legado e contribuição para a televisão brasileira, para o jornalismo e para o esporte são inestimáveis. Nossos mais profundos sentimentos a sua esposa Márcia, seus filhos Alexandre, Andréa e André, seus netos e amigos”, lamentou  a Record.

    A comoção pela morte do locutor, ícone da irreverência durante as transmissões, tomou conta das redes sociais, com inúmeras publicações de clubes (Santos,

    OLHO NO LANCE! ????

    Icônico, irreverente e com um estilo único. Silvio Luiz marcou a narração brasileira e participou de grandes momentos da nossa história.
    #AvantiPalestra pic.twitter.com/CiHRdiu0b5

    — SE Palmeiras (@Palmeiras) May 16, 2024 ">Palmeiras, Cruzeiro e Flamengo) além de personalidades do esporte (DenilsonEveraldo Marques, Andre Rizek).

    Autor de grandes bordões durante a narração de partidas de futebol – entre eles “Olho no lance” e “Pelas barbas do profeta” -, Silvio Luiz Peres Machado de Souza nasceu na capital paulista em 14 de julho de 1934. A trajetória do jornalista começou aos 18 anos, na Rádio São Paulo, e logo no ano seguinte foi contratado pelo TV Record. Foi na emissora que ele se tornou o primeiro repórter em campo da tevê brasileira.

    Antes mesmo de abraçar a carreira de locutor esportivo, Sílvio Luiz esteve em campo, atuando como árbitro de futebol na década de 1960 e 1970. Mas foi como locutor esportivo que ele conquistou milhares de fãs de esporte por todo o país. Narrou várias Copas do Mundos e ficou conhecido como “legendador de imagens”, por seu estilo único de enxergar a partida. Optou por não narrar "gol" no momento mágico da bola balançando a rede, para fugir da mesmice. Quando o futebol em campo era sofrível de se ver, Silvio Luiz aproveitava da irreverência para dar receitas durante a transmissão. Ao longo da carreira trabalhou na Rádio Bandeirantes, SBT, TV Excelsior e TV Paulista, entre outros veículos.

    Bordões que se tornaram clássicos

    Está valendo"

    "Acerta o seu daí que eu arredondo o meu daqui"

    "Pelas barbas do profeta"

    "Olho no lance"

    "Pelo amor dos meus filhinhos"

    "O que eu vou dizer lá em casa?"

    "Confira comigo no replay"

    "Balançou o capim no fundo do gol"

    "Foi, foi, foi, foi ele... o craque da camisa número..."

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