Na manhã deste sábado (2/3), ocorreu a ação Dia D - Brasil unido contra a dengue, mobilização nacional que contou com a união do governo federal, estados, municípios e de toda a sociedade para reforçar as atividades de prevenção e eliminação dos focos do mosquito, com o tema "10 minutos contra a dengue". No Distrito Federal, o evento aconteceu às 9h, no Sol Nascente e Pôr do Sol, durante a 22ª edição do "GDF Mais Perto do Cidadão", e contou com a presença da vice-governadora, Celina Leão (PP), da secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, e da secretaria de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani.
Mais de 60 profissionais da saúde atuaram no combate aos focos do mosquito da dengue e na conscientização de moradores da região. Agentes Comunitários de Saúde (ACS), Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (AVAs) e o Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) realizaram visitas domiciliares para identificação de larvas do Aedes aegypti, orientações de prevenção e encaminhamento de pessoas que apresentarem sintomas da doença. Nas tendas, instaladas próximas ao Restaurante Comunitário, também eram feitos testes rápidos para a detecção da infecção.
Celina Leão garantiu que não há subnotificações de casos no DF, afirmando que o Laboratório Central de Saúde Pública já contabiliza mais de 100 mil testes de dengue. "Já na segunda semana de janeiro, notificamos à ministra da Saúde, Nísia Trindade, sobre o alto número de infecções. Observamos que, há 15 anos, essa cepa não circulava no DF. Por isso, estamos investigando as razões para isso ter acontecido", declarou.
A vice-governadora do Executivo local também cobrou da população medidas de prevenção. "Temos que mudar nossa cultura. Recentemente, retiramos 500 toneladas de lixo daqui e do Varjão. O GDF tem enfrentado a epidemia de cabeça erguida, mas precisamos da colaboração da comunidade", ressaltou.
Lucilene Florêncio lembrou que a alta nos números de óbitos e infecções exige ações rápidas para reverter a situação e fez um apelo. "Ao menor sinal da doença, procurem atendimento nas UBSs, nas tendas de hidratação e no HCamp (Hospital de Campanha da Aeronáutica). Otimista, a secretária disse que a comunidade vai sair do pico de casos em um curto período de tempo.
O secretário de Atenção Primária à Saúde, do Ministério da Saúde, Felipe Proença, reforçou que a mobilização semanal é importante para detectar estágios mais avançados do Aedes aegypti. "Neste evento, trabalhamos a prevenção, identificando a necessidade de monitoramento, e a avaliação da equipe se saúde para aqueles que estão com a doença", explicou.
Além das ações voltadas ao combate da dengue, a Sala da Saúde ofereceu serviços de odontologia, vacinação e testagem de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). A programação incluiu ainda roda de conversa e assistência a mulheres vítimas de violência, em iniciativa do Núcleo de Prevenção e Assistência a Situações de Violência (Nupav) da SES-DF e da Casa da Mulher Brasileira.
Números alarmantes
O Distrito Federal registra 77 mortes por dengue em 2024, conforme informações do Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde, divulgado no fim da tarde dessa sexta-feira (1º/3). O número representa um salto de 45% em relação à quantidade de óbitos informada anteriormente, ainda nesta semana: 53. Além disso, há 60 óbitos em investigação e 102.757 casos prováveis. No ranking de incidência de casos do Brasil, o DF está na frente, com 3.647 notificações a cada 100 mil habitantes.
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